Sagan, quando a estória vira história? Para uma coisa ter o título de histórico, faz-se necessário o mesmo ser um evento de grandes proporções, ser verossímil e ter, antes de tudo, evidências, certo? Errado. Basta somente tocar no íntimo das pessoas, mexer com o mundo fantástico do desconhecido. O desconhecido, o místico é muito mais interessante quando não é desvendado, desmistificado, quando o místico vira realidade, esvaem-se com ele as expectativas, o aspecto de extraordinário que compunha o caráter fantasioso da coisa. Um belo exemplo disso são os desenhos em plantações, conhecidos como Crop Circles, que segundo os ufólogos, não trataria senão de algo extraterrestre. Com esta informação falaciosa, os simpáticos círculos em plantações ganharam a mídia e um lugar quente no coração das pessoas. Acredito que qualquer pessoa em sã consciência deve se ter perguntado em certa altura: ´"Será mesmo aque a única explicação para os círculos em fazendas são seres de outro planeta?" Será que é assim? a resolução mais fantasiosa ganha maior aceitação das pessoas e a mais são fica ridicularizada? Sagan, em consonância com o ridículo, eu tive um cachorro certa vez que cavava buracos com uma precisão de uma retroescavadeira, uma coisa de outro mundo, será que a ideia de buracos extraterrestres atraem as pessoas? Pois se eu soubesse que os inocentes buracos cavados pelo meu amigo de quatro patas poderia ter uma conotação fantástica, ah, eu teria chamado a mídia,a mesma mídia que compra círculos em plantações. Em 1991, Doug Bower e Dave Chorley, vieram em público para assumir a autoria dos círculos misteriosos em fazendas, no qual se muniam de cordas, e ferramentas adaptadas de suas próprias fazendas para fazerem os Crop Circles obras de artes tão grandiosas quanto ao Stonehenge. A mídia perguntou aos, na aquela altura, já senhores, que era possível eles terem feito os círculos nos Estados Unidos, mas como eles apareciam por toda Europa? Gentilmente Bower responde: você acha que nós somos as únicas pessoas que conseguimos fazer estes desenhos? Ou você quer tentar legitimar que os círculos europeus são realmente feitos por seres verdes de outro planeta? Sagan!!! E mesmo assim, mesmo assumindo, contando os detalhes de como faziam a sua prática cirúrgica de desenhos, mesmo com evidências, as pessoas se recusavam a acreditar que os círculos tinham uma explicação bem mais simples, e igualmente menos fantasiosa para a sua existência: duas pessoas querendo demonstrar o quanto é fácil vender estórias, e como consequência, virar história. Outro fato "histórico" se passou entre as cidades de Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete; uma misteriosa luz era refletida em uma lagoa, logo esta luz foi atribuida a nossa senhora aparecida, alguns acharam que era obra de algum "ET", pessoas de todas as regiões vieram ver a famigerada luz, que logo, por ser algo sobrenatural e nada trivial, ganhou a curiosidade as pessoas, alimentando assim seus sonhos fantasiosos, as pessoas começaram a encher garrafas de água daquela lagoa, e a tomarem Sagan!!! pode isso?! afirmando que a água tinha propriedades milagrosas, *_____________________________
Alguns pequenos comerciantes, que levaram para o lado da comédia, fizeram um grande marketing acerca de tal evento, existia um senhor que vendia a "Cachaça do ET, quem não bebe, não vê"... enfim Sagan, mesmo quando descoberto (graças a Zeus) que na verdade a luz era de um poste, as pessoas continuavam a afirmar que a água tinha de alguma forma as curado de alguma moléstia, bem, existe uma explicação para o bem estar a curto prazo, Efeito Placebo... mesmo assim as pessoas se recusavam de acreditar que a fantasia tinha ali, morrido com um tiro único na têmpora... Sagan, e quando apareceram as santas que choravam? desde cachaça à mel... as imagens de santas na janela, a menina que chorava cristal, esta última teve uma grande repercussão, devido ao sensacionalismo de uma rede de Tv brasileira... são tantos meios de tocar no íntimo das pessoas, mas somente um meio para salvá-las das prórpia ignorância: o conhecimento, a crítica, o "saber", "conhecer", ao invés de "acreditar" De qualquer modo, você consegue enxergar todos os monstros da Vila Césamo (menos o cookie monster) na porta do meu guarda roupa, para quem se interessar em uma historinha... e é assim que estórias viram histórias... * Espaço destinado à respiração profunda...
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...Sagan, eis aqui um breve pensamento sobre este tema;
Apesar da grande maioria do Brasil ser cristã, ou seja, segue os ensinamentos preconizados por jesus e sua turma, isso não quer dizer que mesmo sendo uma maioria esmagadora, ela possa oprimir, reprimir e literalmente esmagar as demais expressões religiosas que permeiam o nosso Brasil, lembrando mais uma vez que nosso Estado é laico, não há uma religião oficial no país, oras, se não há religião oficial, porque a religião/doutrina/conceito cristão reina por aqui?! Sagan, é muito simples; imposição, autoritarismo, estamos quase voltando no sec. XII, sorte que em junho, eu passo longe da fogueira, "bonfire", para você me entender melhor, Sagan... Estamos repletos de signos cristãos, o cristo redentor no Rio de Janeiro é um dos grandes exemplos disso! Se o Estado é laico, o que aquela estátua está fazendo lá?! porque não uma estátua do Sidarta Gautama? Ou algum dos deuses hindús? Te garanto que a estátua de Vixnu seria muito mais legal... mas enfim, o que eu quero dizer com isso é: Porque estamos cheios de signos religiosos impostos já que aqui neste pedaço de terra não tem religião oficial?! Deste modo, fica cada vez mais evidende a existência de ditadores modernos, eles impoem, ou pelo menos tentam, impor a sua visão religiosa em detrimento às outras expressões religiosas. Sagan, ao meu entendimento a fé é algo pessoal e intransferível, porém renunciável. Impor algo à alguém é uma das formas mais primitivas, violentas e repugnantes que existe (iu) (rá), é uma violência mental que deve ser combatida. Ah, e o ensino Sagan!? Laico também, concorda? é uma questão de lógica, certo? Olha, o professor pode, e deve valer-se do *princípio da transversalidade, a transversalidade diz respeito à possibilidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade), mas eu acho que tem gente que ainda confunde as coisas, o princípio é maravilhoso, porém, Estado laico, é Estado laico, ensino laico, é ensino laico... Desapegue-se de seus preconceitos e passe a formar conceitos antes de juntar a palha para a próxima fogueira, quem sabe isso não te emancipa? bem, se tudo continuar na mesma, nos vemos nas festividades de São João! * Valeu Sineide, pelo toque e pelas ideias sobre este princípio durante a carona magistral até Ouro Branco ;) Criss, Eu sei, eu sei, não é de hoje que a música e a sua respectiva indústria (leia-se Máfia) está muito decadente,e prima-se somente pelos cifrões do que pelas notas produzidas pelas respectivas marionetes, quero dizer, artistas. Tenho uma breve historinha que ilustra muito bem isto tudo: ...Era uma vez bons músicos que realmente primavam-se por compor belas e intrigantes melodias, harmonias, fugindo do lugar comum, inovando, trazendo um toque lírico realmente relevante e reflexivo, tocavam bem nos meios ainda não corrompidos pelo $... mas o tempo passou e o reinado de Mr. Money começou sobre as planícies de Sol maior à Lá menor que dava Dó também, Sí... ah se houvesse algo a se fazer... mas como todos sabem, o dinheiro chegou e colocou gentilmente seu toque em tudo que podia, e que não podia também. Aqui estamos nós nos anos 2000 (erro de cartório celeste), e ainda não conseguimos acabar com o analfabetismo musical, neste caso, eu pediria ajuda de Paulo "Mestre" Freire e Antonín Dvořák, pois somente com o método emancipador destas duas figuras lendárias, seria possível erradicar tamanha moléstia. Penso que assim como a alfabetização e a educação que nos é ensinada na escola é mister para desenvolvermos um senso crítico emancipador e apurado para sobrevivermos ao caos inserido nesta esfera, faz-se necessário também uma alfabetização, uma educação musical, por que não? Na escola não nos ensinaram que o bala da metodologia científica moderna foi Galileu? O cara era astrônomo, físico, filósofo... Enfim, falei do método científico pois é algo que sempre estamos usando (uns mais que os outros, mas isso não vem ao caso), e que isso é de grande valia, tanto para o nosso dia a dia, quanto para experimentos que talvez influenciarão uma geração, é algo maravilhoso que devemos valorizar... Assim como esse cara, que diga-se de passagem, descobriu também, dentre outros feitos, o princípio
dos corpos, Isto está bem claro em nossas mentes não é? Do outro lado há também alguém que devemos estimar e escutar, que é o grande músico, e humanista Michael Gordon Oldfield "Mike Oldfield" ou tio Mike para os íntimos, este cara, com então 17 anos tocava mais de 40 instrumentos, de viola clássica à sinos tubulares, de Cravo à sintetizadores moog, autodidata, não lê partitura, e foi com essa idade, no meio dos anos 70 que ele compos a sua primeira obra, que primava-se por texturas minimalistas, progressivas e açucaradas camadas de teclados, uma verdadeira aula de composição e sensibilidade, já que neste petardo ele desfila seus mais de 40 instrumentos em 2 faixas de 20 minutos cada, coesão poderia ser muito bem o nome do meio dele, não é? Mike Oldfield foi um dos músicos mais influentes do séc XX. Aposto que mesmo ele tendo mais de 25 álbuns lançados, garanto que a maioria que ler este texto irá no google ou no youtube, pois não conhecem o homem, triste, vemos aí uma inversão, Mike tem mais de 40 anos de carreira e se mantem no topo do sucesso (pelamor, não confundam sucesso com fama, são dois conceitos que sobrevivem independentemente um do outro)e pessoas sequer ouviram o nome dele, mas agora, claudia leite, ivete, gaiola das popozudas, e sem a desculpa que o Mike é estrangeiro, pois tenho certeza que já ouviram muito bem da Rhianna, David Guetta e tudo mais... a questão é, a música do Mike, assim como a de muitos outros artistas, é música mesmo, arte reflexiva, existe um pregresso, uma história, uma preocupação com a arte, agora, estes outros que citei, eles não fazem música, fazem comércio musical, e isso contribui para o analfabetismo musical... Vamos a uma explanação lógica: A música do Mike Tem em média, nos 5 primeiros álbuns, 20 minutos, a destes caras, claudia, david, tomate, zezé, daniel, qualquer um, tem em média 3:20 min, você acha mesmo que uma rádio escolheria tocar qual música? um instrumental trabalhado, com orquestrações que faria o mais vil dos seres humanos chorar, ou faria cifrões colocando umas 6 músicas uma atrás da outra destas pessoas citadas? que diga-se de passagem, não são compositores,São meros intérpretes, e você, consumidor de comércio musical que gosta destas músicas, agradeça ao produtor, pois os seus artistas são meros Jukebox de carne e osso. Já que estamos falando de músicas de 3:20 min, vamos igualar, Existe um cara que eu acho que todos deveriam escutar pelo menos uma vez na vida, outra lenda da boa música, estou falando de Mr. Clapton, Eric Clapton, as músicas dele, em questão de tempo, são iguais as destes usurpadores do comércio musical, por que não intercalar Layla, magistralmente bem composta com arranjos primorosos no meio do caos radiofônico? ah não preciso falar que ele, ele é o autor de suas próprias músicas, ele não encomenda com o produtor ou qualquer outra fonte... A formação musical é como a formação crítica, você precisa educar seus ouvidos, você lê qualquer livro? você lê horóscopo? você acredita mesmo que o mundo irá acabar em 2012? Então, com música é mesma coisa, é tão bom ouvir algo que nos engrandece, que transmite sentimentos através de frequências, ondas sonoras... isso é música, qualquer outra coisa além disso é comércio. Eu me recordo, da época do Walkman, eu iria pra aula com este amigo inseparável na mochila, nos intervalos eu escutava o inefável keeper of the seven keys pt II do magnífico Helloween, eu, como não estava aguentando, e queria repartir tamanha efusão sonora com mais pessoas, chamei uma pessoa aleatória na sala e disse: "saca só que sonzera! olha as terças! olha o arppegio! ele faz alusão ao Vivaldi!" A pessoa disse: "É rapidinho né quanto tempo tem?" Eu sabia que aquela pessoa iria ouvir, não escutar... enfim, as pessoas não querem degustar, digerir a música, elas querem consumir, a essência se perde e isso graças as pessoas que insistem em ficarem analfabetizadas musicalmente. Não Sou Paulo Freire, Não sou Dvořák, mas posso dar umas dicas didáticas para vocês começarem a apreciar as verdadeiras notas, as musicais, não as que saem de caixas eletrônicos. Este post é dedicado à memória e aos acordes do músico que há 18 anos foi covardemente arrancado das 6 cordas, que viveu pela música..., senhoras e senhores, misantropas e misantropos, estou falando de Christopher Michael Oliva "Criss Oliva", Paulo Freire e Antonín Dvořák ficariam orgulhosos do trabalho magistral deste educador musical, que em seus 30 anos lutou contra o analfabetismo musical. "You believed in things that I will never know You were out there drowning but it never showed Till inside a rainswept night you just let go You've thrown it all away And now we'll never see the ending to the play The grand design, the final line And what was meant to be" (Para Criss, De Jon Oliva) "I am the way I am the light I am the dark inside the night I hear your hopes I feel your dreams And in the dark I hear your screams Don't turn away Just take my hand And when you make your final stand I'll be right there I'll never leave All I ask of you Believe" (Criss & Jon Oliva) Citarei alguns dos pedagogos, emancipadores, verdadeiros educadores musicais, só pra não correr o risco de não fazer injustiça com os bambas musicais: * Ivan Lins *Cartoon *Tim Maia *Jon Oliva *Criss Oliva *Genesis *Sá,Rodrix e Guarabira *Renaissance *Pauline Paris *Metallica *Al Di Meola *Jean Luc Ponty *Seria muita prepotência de minha parte me inscrever nesta lista, mas fiquem à vontade para escutar minhas músicas também, dizem por aí que elas soam bem ;) Sagan, já percebeu que há muito as palavras carecem de sentido? de discurso? Atualmente eu creio que as palavras já não são mais palavras, outrora elas vinham recheadas de discurso, com sabores e cores dos mais variados tipos, com mais entrelinhas do que linhas, um verdadeiro banquete... Hoje em dia o pacote vêm com mais letras do que palavras, elas vêm amassadas, quebradas, tortas... uma coisa horrível Sagan! Você precisa ver... As palavras de hoje em dia são o que eu gosto de chamar de "Aglomerado de letras" coladas com super bonder, que na verdade o nome mais apropriado seria Super-Binder... é eu sei, você entenderia esta piada... Enfim, estou muito triste com esta situação das nossas palavras... Sagan, hoje em dia as pessoas não tem mais aquela preocupação com o discurso, que no caso, seria a alma da palavra, hoje, as coisas são pré-fabricadas, e vou lhe falar, que fabriquinha ruim viu, as pessoas que as compram deveriam prestar mais atenção no produto adquirido, e nem isso olham Sagan... vê se pode! Olha, vou voltar na parte que falei sobre que as palavras de outrora continham mais entrelinhas do que linhas... na maioria das folhas de papel amareladas pelo tempo, nós nos deleitávamos com toda sugestividade, poesia e discursos subjacentes, que tornava o texto um verdadeiro *cosmos literário... hoje em dia nós temos muitas linhas, e poucas entrelinhas, temos muitas palavras e pouca poesia, pouco sentido, pouco discurso... perdeu-se a graça de desnudar um texto, de inferir pouco a pouco, à meia luz, bem devagar, um verdadeiro Script Tease (quis dizer script mesmo, se não entendeu e achou que eu escrevi errado, procure seu médico, você tem falta de poesia no sangue)... pra depois, ah... depois o ato ser consumado, consumido pelo leitor amante...
Sagan, e os depósitos de letras? ou seria mais apropriado o termo Hospedeiros de letras? Pois eu vejo estes depósitos ambulantes simplesmente despejarem letras em todo e qualquer local, sem sentido, compradas aos montes, sendo assim os depósitos não tem o que fazer, senão regurgitá-las, pois o lote já foi comprado, pode isso Sagan?! bem, eu vou colocar uma placa nos meus lugares favoritos, e que estão sujeitos a receberem tal carga de letrinhas, os seguintes dizeres: proibido jogar letras, seu sujeito sem predicado! Claro, estando sujeito também este sujeito a constrangimento em discurso público! yes! que benção Sagan! eu gostei dessa última parte também! Enfim... se existisse religião das palavras, eu gostaria de ser espírita, pois gostaria que o discurso de outrora voltasse a habitar as letras, e fatalmente às palavras fatigadas e desalmadas de hoje, pois há pessoas** que trabalham com elas, e elas precisam ter força, pois uma sopa de letrinhas não sustenta ninguém. * trocadilho com o livro "Cosmos" **Homenagem aos professores, que lutam com as palavras. Läyner: Polemista, Devaneador e Misantropo ;) Sagan, há muito eu me pergunto: o que é bem, e o que vem a ser o mal... te confesso que perdi noites oníricas pensando nestes conceitos... até mesmo nos próprios domínios oníricos... enfim, acho que isso tem uma resposta bem simples: o que é bom para mim, não necessariamente será para você, e o que será mau para mim, não necessariamente será para você, e vice versa... versa vice... Mas o que subjaz é o seguinte, o que seria do bem, se não fosse o mal? e o que seria do mal, se não fosse o pobrezinho do bem? seriamos capazes de diferenciá-los?
Sagan, penso que seria tão mais fácil se seguissemos as palavras despretenciosas proferidas por Bill & Ted no filme Bill & Ted Excellent adventure: "Sejam legais uns com os outros" Ah, o mundo seria um lugar bem melhor, não é?... enfim, já de antemão peço desculpas pela minha forma (in) apropriada, pouco polída de falar, é que certas palavras dão mais cor ao nosso texto, sabe? E tenho que lhe confessar, quando eu escrevo escutando um rock´n roll meu discurso costuma soar mais incisivo, mas não tema, umas palalvras não matam ninguém... não é!? Enfim, me pergunto se o senho curtia Genesis, Phil Collins, Jean Michel Jarrè, mas isto é papo pra outro devaneio, vamos ao que interessa... Sagan, esta coisa de bem e mal, abre muitos precedentes, não achas? Já que um coisa não existe sem a outra, elas coexistem, uma somente (co)existe na presença da outra, o bem so existe quando o conceito mal também está inserido dentro de uma premissa... estranho, não Sagan? Se você pensar bem, um lado, digamos, o bem, poderia se achar superior ao outro, e assim tentar se sobrepor ao outro conceito, gerando assim, o que eu gosto de chamar de O Ciclo Etnocêntrico da Humanidade, e isso acontece... Sendo assim, estes conceitos não existem plenamente, é uma questão de lógica... mas mesmo assim os precedentes falaciosos estão abertos, e olha Sagan, isso Ger(a)ou muita confusão, muitas pessoas que ocupam um precioso espaço na terra travam uma batalha que nunca existiu, baseadas nestes falsos precedentes, com digamos... inimigos fabricados da zona franca de produção em massa... confuso não é Sagan? Deixe-me tentar ser mais claro... Quando digo precedente, o Senhor deve se perguntar, quais?, qual? precedente? É muito acessível aos olhos de todo mundo, ao longo da humanidade houveram vários precedentes, mas vou focar em um especificamente, e estes precedentes "abriram as portas" para várias manifestações de ódio, homofobia, xenofobia, misoginia... e várias outras que foram palavras derramadas e mancham de vermelho a nossa pitoresca história... bem, este precedente causa muito estrago até hoje... é só aproximar as festividades de São João que começa a me dar calafrios... Isso é somente um humilde exemplo de coisas que se repetem hoje em dia, só que de forma mais polida, bem gentil, você nem percebe que está sendo ludibriado... E isso me incomoda muito Sagan... As pessoas acomodaram, e tudo tem um apelo comercial muito grande, tudo é rentável, "A paz está à venda,mas quem a compra?" já dizia o poeta Mustaine... mas o preço é muito alto... será mesmo? Custa mesmo viver em harmonia? o realmente não é viável para os mecanismos opressores idelógicos (Obrigado Pêcheux)... bem, aqui vai uma pergunta... não queimem os neurônios para respondê-la, é retórica... Porque as pessoas gostam de viver a fantasia idealista, metafórica e falsa, ao invés de se jogarem do 73º andar e abraçarem o concreto do real, vivendo assim uma vida em toda sua plenitude realista? Da medo não dá? Bem... foi o que pensei... "...A colher não entorta, você é que entorta..." (Oráculo), sobre a perspectiva da realidade. " A colher não existe" (Morpheus) "Não pense que é, saiba que é" (Morpheus) Läyner: Polemista, Devaneador e Misantropo ;) Sagan, o que você acha de uma pessoa que passa a vida toda formando sua consciência crítica com muito esforço, gastando uma puta grana para não cair em nenhuma falácia deste mundo infestado de mecanismos ideológicos de opressão,repressão, alienação etc,e de uma hora para outra ela se vê em meio uma barreira intransponível, invisivel e digamos... atemporal, ela se vê obrigada a abdicar de todo seu (bom) senso crítico construído por uma vida inteira, o que seria mais viável,provar cientificamente que a barreira não existe e aproveitar a vida numa boa, sem encher o saco de ninguém, vivendo bons dias na terra, ou tornar-me um empresário e ficar milionário às custas dos outros, vendendo sonhos, coisas que não posso cumprir, pois seriam negócios que fogem a minha e a compreensão de todos, iludindo e cessando mentes brilhantes de vingarem e fazerem algo de útil para a humanidade, virando alguém arrogante, prepotente, mas claro, amparado por ninguém mais, ninguém menos que... é justo Sagan? mesmo sabendo que no fundo... bem, todo mundo sabe no fundo... quem sabe eu não começo a criar *dragões em minha garagem...
*(Alusão ao capítulo Dragon in my garage do livro The Demon-Haunted World) Läyner: Polemista, Devaneador e Misantropo ;) |
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